segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Dura na queda (Ela desatinou nº2)

Perdida
Na avenida
Canta seu enredo
Fora do Carnaval
Perdeu a saia
Perdeu o emprego
Desfila natural
Esquinas
Mil buzinas
Imagina orquestras
Samba no chafariz
Viva a folia
A dor não presta
Felicidade sim
O sol ensolarará a estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, a estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas

Bambeia
Cambaleia
É dura na queda
Custa a cair em si
Largou família
Bebeu veneno
E vai morrer de rir
Vagueia
Devaneia
Já apanhou à beça
Mas para quem sabe olhar
A flor também é
Ferida aberta
E não se vê chorar
O sol ensolarará a estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, a estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas

3 comentários:

Anônimo disse...

Isso tá bonito, diria até: chicobuarqueano. Será que caberia num samba?

Maira Dilli disse...

A dor faz parte da felioidade. Da vida. Às vezes incrivelmente doída. Mas o Sol, ah o Sol,este sim como é bom o sol(o mar o céu) e a lua. E uma boa companhia. Saudade.

Maira Dilli disse...

Eu quis dizer felicidade!
Ah, gostei muito. Poesia.