Mas não é isso que se quer.
Queremos uma espécie de recreação para crianças e adolescentes dos 6 aos 17 anos de idade. Queremos decoreba, cola, avaliações que nada avaliam. Queremos salas cheias, com 50 alunos, e que eles permaneçam lá 200 dias por ano A QUALQUER CUSTO presos em suas cadeiras. Queremos mantê-los mínima e mediocremente ocupados, apenas para que não fiquem nas ruas. Como recurso, um giz e um quadro-negro, um professor cansado e sem voz, no terceiro turno de trabalho. Queremos preparar massas indisciplinadas para formar um gigantesco exército de reserva, esperando uma vaga para apertar botões, embalar mercadorias, atender telefones, limpar banheiros e parabrisas, encher tanques, varrer o chão, juntar latinhas, adestrar cães. E assim, ninguém pode dizer que este ou aquele governo não cumpre com suas obrigações legais. Eles “dão” educação. A questão é de que tipo, mas essa pergunta ninguém se faz. E a cota do professor? Ah, sim, pois bem, ele é sim, responsável, ele é parte disso. Mas não muito. Muitos são pobres coitados que mal conseguiram completar a metade de seu curso, que mal conhecem as disciplinas que tentarão em vão ensinar. “We don´t need this education”. E só.
Um comentário:
Grande visao Luciano. Tenho certeza que este e o verdadeiro motivo da educacao estar assim. As vagas dos empregos feitas para prisioneiros advindos da prisao escolar sejam supridas. Parabens!
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